sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Descolei-me de ti

Até muito pouco tempo atrás eu acreditava cegamente no texto "Enquanto houver amizade" do Albert Einstein, mas acho que o li muito cedo e erroneamente o dei por verdade absoluta. No entanto, não me culpo, é fato que com 14 anos não tinha a maturidade e experiência que tenho com 21.
Sofri tantas decepções que fizeram cair por terra essa ideologia que eu tanto cria, assim como também aprendi que o 'para sempre' não existe, é apenas uma ilusão que inconsciente ou conscientemente criamos.
Enfim, foi através da dor que aprendi que em qualquer relacionamento, quando um fio se parte, por mais tênue que seja esta linha, se ela se rompe não há volta, não adianta tentar remendar, talvez até consiga, mas a cicatriz existirá para sempre e você pode até esquecer, porém, infelizmente sempre terá algo que te fará lembrar, que fará doer novamente.
É um fato que  tristemente constatei, todavia já não machuca como antes e já consigo aceitar sem maiores sofrimentos.

Minha mais recente conclusão?
Quem diria, mas o amor também acaba. 

















{...} Mas como fazer se não te enterneces com meus defeitos enquanto eu amei os teus. Minha candidez foi por ti pisada. Não me amaste, disto só eu sei. Estive só. Só de ti. Escrevo para ninguém e está-se fazendo um improviso que não existe. Descolei-me de ti.

Clarice Lispector  

Um comentário:

Helayne disse...

Sei exatamente o que você sente, e concordo plenamente.